Como tratar gonorréia? Guia de tratamento

Muitos homens recorrem à automedicação para o tratamento do corrimento uretral pelo gonococo (bactéria que causa a gonorréia). Isto pode agravar o quadro clínico e dificultar tratamentos futuros. Este texto apresenta as informações mais importantes sobre este tema.
Quais são os pilares do tratamento correto?
Primeiramente, um diagnóstico correto. Existem vários germes causadores de corrimento uretral. O exame clínico e os exames de laboratório complementares são essenciais para a definição diagnóstica.
Fechado o diagnóstico, é importante escolher a medicação corretamente considerando:
- os perfis de resistência a antibióticos da cidade onde você mora.
- uso prévio de outros antibióticos.
- preferências individuais.
- antecedente de alergias.
Opções de tratamento
A gonorréia é tratada com antibióticos, mas a escolha do medicamento e o protocolo dependem de diversos fatores. A automedicação ou tratamentos incompletos podem levar ao agravamento da infecção e ao desenvolvimento de resistência bacteriana.
Os tratamentos mais comuns incluem:
- Ceftriaxona: uma injeção intramuscular pouco dolorosa. Este antibiótico é eficaz contra a maioria das cepas de Neisseria gonorrhoeae. É considerado atualmente o melhor tratamento na maioria dos casos.
- Cefixima: uma outra opção, administrada via oral.
- Ciprofloxacino: este remédio já foi, no passado, recomendado para tratar gonorréia e pode ainda ser uma opção em alguns casos. Mas a resistência da bactéria causadora da gonorréia vem crescendo muito, reduzindo as chances de sucesso do tratamento.
Por que fazer o tratamento com um urologista?
- Para um diagnóstico clínico preciso e tratamento personalizado. Tratar qualquer corrimento como se fosse gonorréia irá expor o paciente desnecessariamente a antibióticos não eficazes para o seu caso.
- Seguir o plano de tratamento indicado pelo especialista assegura não apenas a resolução da infecção, mas também evita a transmissão não intencional para outras pessoas. Além disso, baseado no seu relato, o urologista poderá fazer recomendações sobre o tratamento da parceira ou parceiro.
- Porque o urologista irá avaliar os exames necessários para diagnóstico de outras ISTs que você pode ter adquirido com a relação desprotegida.
Por que tratar o parceiro ou parceira é importante?
- Primeiramente, porque é moral e eticamente correto. A pessoa com quem você manteve relações durante a fase infecciosa tem o direito de ser tratada.
- Em segundo lugar, porque o(a) parceiro(a), mesmo assintomático, pode atuar como um reservatório da doença e transmiti-la de volta para você.
O que acontece se a gonorréia não for tratada?
Ignorar os sintomas da gonorréia ou postergar o tratamento pode levar a sérias complicações. Sem cuidados médicos, a infecção, causando:
- Doença inflamatória pélvica (DIP): Em mulheres, essa condição pode causar infertilidade e dor crônica.
- Epididimite: Nos homens, a inflamação do epidídimo pode resultar em dor testicular e infertilidade.
- Infecção gonocócica disseminada: A bactéria pode atingir articulações, pele e até órgãos internos, como o coração, em casos graves.
Resistência antimicrobiana: um alerta importante
Um dos maiores desafios no tratamento da gonorréia é o aumento da resistência aos antibióticos. Isso ocorre principalmente devido ao uso inadequado ou excessivo de medicamentos. Algumas cepas já não respondem a tratamentos anteriormente eficazes, tornando a consulta médica essencial para ajustes terapêuticos.
A resistência bacteriana reforça a necessidade de:
- Realizar testes laboratoriais para confirmar a sensibilidade da bactéria aos medicamentos.
- Evitar interromper o tratamento antes do tempo recomendado, mesmo que os sintomas desapareçam.
Por isso, contar com um urologista experiente é aconselhável.
Acompanhamento médico: um passo fundamental
Mesmo após o início do tratamento, é essencial manter o acompanhamento com um especialista. Isso garante que a infecção seja completamente eliminada e permite identificar possíveis complicações.
O acompanhamento médico envolve:
- Exames de controle: Após o término do tratamento, testes podem ser realizados para confirmar a cura completa.
- Reavaliação de sintomas: Persistência ou retorno de sintomas indicam falha no tratamento ou reinfecção.
Sem o acompanhamento adequado, há o risco de complicações graves, como a doença inflamatória pélvica (DIP) em mulheres e a epididimite em homens, ambos causadores de infertilidade.
Por que evitar a automedicação?
A automedicação é uma prática perigosa e frequentemente ineficaz no tratamento da gonorréia. Muitos pacientes recorrem a antibióticos indiscriminadamente, o que pode:
- Mascarar os sintomas: fazendo com que a infecção evolua silenciosamente.
- Aumentar a resistência bacteriana: tornando a infecção mais difícil de tratar no futuro.
- Causar reações adversas: pelo uso incorreto de medicamentos.
Evite complicações: tratamento seguro e eficaz para gonorréia
A consulta garante:
- Diagnóstico preciso: Com base em exames laboratoriais específicos, como testes de amplificação de ácido nucleico (NAATs).
- Tratamento personalizado: De acordo com o histórico clínico do paciente.
- Orientações preventivas: Reduzindo o risco de novas infecções e promovendo práticas de sexo seguro.
O tratamento da gonorréia é simples e eficaz quando conduzido corretamente, mas requer diagnóstico precoce e acompanhamento especializado. Evite automedicação e priorize sua saúde: agende uma consulta conosco.
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Dr. Pedro Cabral
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